terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Verdade e Mentira em Nietzsche

CONCEITOS EXTRAÍDOS DE NIETZSCHE SOBRE VERDADE E MENTIRA NO SENTIDO EXTRA MORAL.

Noção de homem – animal inteligente. Noção de tempo e espaço, finitude do homem e relativa insignificância em relação ao universo (homem finito = micro / Universo infinito, = macro)
Compreensão Explicativa:
Intelecto finito e dependente da natureza biológica.
Analogia da mosca = O raciocínio é o seguinte: A mosca gira em círculos, mas ela não se vê assim: Ela se vê comoo centro e observa as coisas ao seu redor.
Se alguém observa a mosca de fora, verá que ela se engana, e vê que ela não é o centro do conhecer, mas gira em círculos(crítica aos racionalistas).
Transportador de carga = burro
Intelecto =Suporte dos fracos = infelizes porque sabem.
Nuvem de cegueira = analogia à mosca.
Mentiroso = Intelecto nos engana
Intelecto = arte do disfarce
Compreensão Explicativa:
Intelecto orgulhoso dos homens fracos e finitos, que têm como objetivo a vaidade Portanto não pode achar a verdade.
Cabe dizer que o discurso e encadeado, articulado.
Primeiro a crítica e após sua explicitação
O homem contenta se com a aparência e ao aperfeiçoamento da técnica (analogia do piano) contentá-se com o enxergar só a frente (asno) e julga olhar por todos os lados e ainda assim não se apercebe dessa maneira por causa da vaidade ( a cegueira da verdade)
O sentimento moral é vaidoso.
Deixar o hábito de roncar - se dar conta primeiro que está dormindo, dar um passo adiante e procurar corrigir, ao menos se dar conta de alguma coisa para roncar menos ou não roncar (não dormir nas aparências).
Compreensão Explicativa:
A verdade nos escapa critica o em si do objeto e Hegel, com relação ao todo, absoluto. Sópodemos conhecer as partes, e ainda assim de formar aparente. A aparência é o reflexo daverdade que não podemos conhecer.
Cubículo da Consciência – percebe-se que a verdade não está na consciência, ela se esconde (Freud?).
Outra interpretação sair do cubículo da consciência é consciência fora de si( Hegel?)
Também é olhar de foca. Suponho que para caracterizar a última parte ele tenha feito isto, exposto nas 4 últimas linhas do 3º parágrafo. (página 46).
Percebe-se fora de si os 3 níveis de visão – o animal 1º (tigre) (assassino, insaciável) mais em 2º nível o homem, indiferente ao seu saber, em 3º a consciência fora de si (aquela que olha através da fruta, portanto, não vê o todo) que observa de fora e de cima para baixo.
Compreensão Explicativa:
Nitzsche demonstra que o 3º nível da visão (ou consciência) em que se observa o homem no seu não-saber indiferente apoiando em sua animalidade, em que a consciência humana sai de seu cubículo e observa, é deste mundo que vem o impulso à verdade (é o mundo que nos escapa).
FILÓSOFOInconsciente que vê homem (indiferente ao conhecer verdadeiro)
animal (tigre).
Rebanho- refere-se ao animal.
Seu mundo= Individual (sociedade época, aspecto sócio-histórico).
Compreensão explicativa:
Primeiro passo para alcançar o impulso à verdade= acordo de paz, e superar a parte animal do homem (um leva ao outro).
O homem se contenta com o engano , ele não gosta das conseqüências prejudiciais das mentiras, mas tolera a mentira enquanto tal.
Conceitos Verdade - designação válida e obrigatório das coisas. A linguagem dá as 1ª leis. Ex: O círculo é redondo.
Mentira – designação que não corresponde ao objeto. Ex: O círculo é quadrado.
Ilusão – mentira.
Compreensão explicativa:
O homem não quer a verdade. Ele quer as conseqüências da verdade, que são agradáveis e conservam a vida, diferentemente das conseqüências da mentira. Ou seja: tolera a verdade, mas, tolera sua conseqüência.
Até aqui ele deixa claro que a linguagem dá as primeiras leis da verdade.
A última frase é um questionamento sobre isso. Primeiro ele usa a linguagem e após reflete se esta ferramenta ou meio é a expressão adequada de todas as realidades. No fundo, questiona se o que ele escreve (ou quer dizer) se fundamento através da linguagem.
Tautologia – crítica a lógica. Estojos vazios significa a forma lógica desprovida de conteúdo que ele chama de mentira.
Compreensão Explicativa:
A linguagem é subjetiva.
Pode designar mais de uma coisa, portanto; inexata com relação à objetividade das coisas.
Coisa-em-si – verdade pura sem conseqüência ou verdade objetiva. A linguagem já é um intermediário para falar da coisa em si e portanto não pode objetivar a verdade pura (para ser pura não pode ter intermediários)
Linguagem –(teoria do conhecimento) intermediário entre o sujeito e o objeto. Ex: Ele diz isto é uma cadeira. Ele impôs a designação ao objeto através da linguagem. (Ele designa; é cadeira)mas também vê uma arvore (imagem), pensa na palavra e articula. É árvore (primeira e segunda metáforas).A diferença está só no tempo de articulação.
Compreensão Explicativa:
Podemos falar da coisa em si através da linguagem, mas nunca captá-la por meio dela.
O surdo vê as notas musicais desenhadas, e julga vendo a vibração da corda de um violoncelo, por exemplo, que aquilo é música. Tem esse julgamento porque é surdo.
Assim se dá com a linguagem: Articulamos as palavras e achamos que as palavras designam a coisa, mesma, o objeto em si, e na verdade designamos apenas aparência, ou o falso. Por isso a linguagem é mentirosa: designa aparência e não a coisa em si que é incaptável por meio da linguagem.
Ou seja, a linguagem não pode conter a verdade da coisa em si, só aparências subjetivas do objeto.
Portanto, conhecemos através de metáforas (ou intermediários).
Não é logicamente porque tem conteúdo e é subjetivo.
O homem da verdade – sentido crônico, platônico (maiêutica).
Compreensão Explicativa:
Sobre o conceito, ex: A vela, o microondas. São conceitos menores jogadas em um maior, que é objeto, ou seja, igualação do não igual.
Conceitos: Partimos dos particulares ao geral, igualando os não-iguais, e pensamos que partimos do geral ao particular, ou seja, partimos da vela, microondas, cadeira, para designar, todos são objetos (igualo ou não igual). E pensamos assim: têm a cadeira em si que deriva todas as cadeiras particulares, o que considera o individual e nos coloca mais longe ainda da verdade.
A natureza desconhece conceitos. Ela conhece a coisa-em-si, para nós inacessível é indefinível.
Nas 4 últimas linhas ele problematiza a limitação da linguagem, logo, do conhecer.
Metáfora Lógica – tenta colocar a objetividade nas proposições para demonstrar que a objetividade delas não é possível.
Metáfora =} verdade da linguagem em
Em si =}sentido amplo.
Esquecimento – O homem se esquece que mente, ou se esquece que a aparência é aparência, e por isso chego ao sentimento da verdade, mente quando designa algo como verdade.
Compreensão Explicativa:
Isto é dialético:Ex: não de dando conta que mente diz como verdade.
Se dando conta que mente, se contrapõe a algo de verdadeiro. Ou seja, se a linguagem é mentirosa, pelo próprio fato de ser assim, tem-se a intuição de verdade que nos escapa, pois eu só posso dizer a linguagem é mentira, se eu saber ou pressupor uma verdade que escapa à linguagem. Essa intuição do sentimento de verdade se dá de modo contraposto à linguagem, de modo inconsciente (para Nietzsche a inconsciência). Ou seja, a verdade-em-si está além da consiência.
Divinização do conceito, crítica à igreja, às ciência exatas.
O homem é o sujeito do conhecimento e criador da linguagem e desse conhecer. Por isso se ilude, tomando mentiras por verdades, porque não percebe que a verdade em si escapa aos conceitos.
Em última análise, ele reduz o seu saber a si mesmo. E se reduziu, é porque existe mais amplo, que o escapa.
O homem se reduz porque se coloca Omo universal e o mundo como todas as multiplicidades particulares. Se coloca como o centro e o mundo em volta, sem se dar conta que é particular e também dá voltas (como a mosca).
A verdade aparece ao homem como intuição original expressada em metáforas ou conceitos
O homem confunde metáfora ou conceitos a própria linguagem, como a coisa em si. Por isso a linguagem é mentirosa. Porque não expressa a verdade-em-si, só a aparência.
Verdade = em-si (inconsciente)
Contrapostos
Mentira = aparência (linguagem)
O homem se coloca como o em si (absoluto), do qual deriva a multiplicidade dos conhecimentos particulares. Ele não se dá conta que (absoluto) do qual deriva todos os conhecimentos particulares.
Ele é particular e participa dos saberes particulares.
Ele também gira em círculos, como a mosca, sem ser o centro, daí seu engano.
Arte – Influência de schopenhauer. O caminho da transcendência se dá pela arte e o homem toma consciência de sua inconsciência se dá conta de que sonha e transcende através da arte, através do conceito.
Compreensão Explicativa:
Aqui ele coloca um lado artista, mostrando a arte grega que é de certa forma no mito, que os gregos viviam como arte, a forma de transcendência.
Porque aceitavam o mito, e a arte seria o caminho que conduziria à verdade.
Quando a razão demonstra a arte, que é a representação da vida(no teatro, por exemplo) ela se torna livre da indigência dos conceitos, pois se revela em sua verdade como enganadora, e aí os conceitos enganadores se mostram inúteis, e só resta para a razão contemplar o impulso à verdade na forma da aouto-representação(teatro). Livra-se da indigência e se torna senhora de si.